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quinta-feira, 8 de maio de 2014








  1. Joaquim Cardoso
                                                                           


Joaquim Maria Moreira Cardoso (Recife, 26 de agosto de 1897  Olinda, 4 de novembro de 1978) foi um poeta, contista, desenhista, engenheiro civil, editor de revistas especializadas em arte e arquitetura eprofessor universitário brasileiro.

Foi o engenheiro responsável pelos cálculos que permitiram a construção de diversas edificações projetadas porOscar Niemeyer, que o classificou como "o brasileiro mais culto que existia".

Eu não sou bem um poeta. Minha vida é que é cheia de hiatos de poesia.
— Joaquim Cardoso



O poeta

Suas primeiras poesias datam de 1924, entretanto o primeiro livro Poemas surgiu apenas em 1947 e por pura insistência dos amigos. Joaquim Cardoso, que tinha uma memória prodigiosa, sabia de todos os seus poemas decorados e não os modificava, em nenhuma vírgula, quando os recitava publicamente em períodos distintos.
Conviveu com poetas modernistas, como Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, tendo publicado vários livros entre 1946 e 1975, usando como tema principalmente seu Recife natal e o Nordeste brasileiro. Foi também tradutor e crítico de arte. Ocupou a Cadeira 39 da Academia Pernambucana de Letras. Eleito em 18 de fevereiro de 1975, tomou posse em 6 de setembro de 1977.
Ao todo, foram publicados onze livros de sua autoria, dos quais destaca-se o inaugural Poemas, que teve prefácio do poeta Carlos Drummond de Andrade, um dos seus maiores admiradores, e duas de suas obras teatrais: O Coronel Macambeira e De uma Noite de Festa, e suas Poesias CompletasUm livro Aceso e Nove Canções Sombrias foi seu último livro, publicado postumamente. Sua atuação na imprensa inclui passagem pelo Diário de Pernambuco como chargista, e passagens como colaborador e diretor da Revista do Norte, da Revista do Patrimônio Histórico e das revistas Para Todos e Módulo.

O engenheiro

Joaquim Cardoso começou a estudar engenharia em 1915, após abandonar o curso secundário no Ginásio Pernambucano. Formou-se quinze anos depois, por causa da morte do pai e das dificuldades econômicas que o levaram a trabalhar como topógrafo. Nesse período também prestou serviço militar.

Não visualizo qualquer incompatibilidade entre poesia e a arquitetura. As estruturas planejadas pelos arquitetos modernos são verdadeiras poesias. Trabalhar para que se realizem esses projetos é concretizar uma poesia.
— Joaquim Cardoso
Especializado em cálculo de estruturas, notabilizou-se pela sua colaboração com o arquiteto Oscar Niemeyer na construção do conjunto da Pampulha e dos palácios de Brasília. Envolveu-se em grande polêmica na época da queda do Pavilhão da Gameleira, em Belo Horizonte, obra de ambos que ruiu, causando a morte de dezenas de operários, mas, como ficou provado posteriormente, sem erro de cálculo ou projeto.

As obras arquitetônicas, de maior vulto, edificadas com base nos cálculos estruturais de Cardoso são a Catedral de Brasília, o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, a Igreja N. S. de Fátima e o Congresso Nacional. No Recife, se destaca o Pavilhão Luís Nunes, atual sede do IAB (no passado Instituto de Verificação de óbitos da antiga Escola de Medicina), a Escola Alberto Torres e a Caixa d'Água de Olinda.

O teórico de arquitetura

Os muros das construções são o papel onde se inscreveram as páginas da história, onde ainda se inscrevem as mensagens para o futuro. E escrever estas mensagens, cabe ao arquiteto.
— Joaquim Cardoso
O envolvimento de Cardoso com a arquitetura não se limitou à sua atuação como engenheiro calculista de edifícios projetados por Oscar Niemeyer, Luis Nunes e outros arquitetos. Cardoso (que chegou a ser o catedrático responsável pela cadeira "Teoria e Filosofia da Arquitetura" na antiga Escola de Belas Artes de Pernambuco) deixou escritos que, apesar de extremamente sumários, contém ideias significativas para a construção de uma Teoria da Arquitetura.

Obras em parceria com Niemeyer

ObraAno do projetoAno de construçãoConstrutor(a)Cidade
Pampulha - Cassino da Pampulha19401942Ajax Corrêa RabelloBelo Horizonte,MG
Pampulha - Iate Clube19401943Ajax Corrêa RabelloBelo Horizonte,MG
Pampulha - Igreja São Francisco de Assis19441945Belo Horizonte,MG
Edifício sede do Banco Boavista19461947José de A. Marques SalesRio de JaneiroRJ
Fábrica Duchen19501951São PauloSP
Edifício JK1951Belo Horizonte,MG
Hotel Diamantina19511951DiamantinaMG
Palácio da Alvorada19571958Construtora RabelloBrasíliaDF
Palácio do Planalto19581960Eng. Fausto A. FavaleBrasíliaDF
Palácio do Congresso Nacional19581960Companhia Construtora NacionalBrasíliaDF
Catedral Metropolitana de Brasília19591960Carlos MagalhãesBrasíliaDF
Palácio Itamaraty19591970Construtora PederneirasBrasíliaDF

Galeria

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Flávio José - A natureza das coisas.

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