Em minha silenciosa escuridão,
mais claro que o ofuscante sol está tudo o que desejarias ocultar de mim,
mais que palavras, tuas mãos me contam tudo o que recusavas dizer,
frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria, verdadeira amizade ou mentira,
tudo se revela ao toque de uma mão, quem é estranho, quem é amigo,
tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que eu te direi quem és.
Poema de Natasha, portadora da surdo cegueira do filme documentário "Borboletas de Zagorsk".