Em minha silenciosa escuridão,
mais claro que o ofuscante sol está tudo o que desejarias ocultar de mim,
mais que palavras, tuas mãos me contam tudo o que recusavas dizer,
frementes de ansiedade ou trêmulas de fúria, verdadeira amizade ou mentira,
tudo se revela ao toque de uma mão, quem é estranho, quem é amigo,
tudo vejo em minha silenciosa escuridão.
Dê-me tua mão que eu te direi quem és.
Poema de Natasha, portadora da surdo cegueira do filme documentário "Borboletas de Zagorsk".
Muito lindo e emocionante esse texto, parabéns pela postagem.Beijos
ResponderExcluirNalvinha querida agradecendo o lindo poema que vc me mandou vai um que eu acho lindo também:
ResponderExcluirE o Resto é Silêncio
E então ficamos os dois em silêncio, tão quietos
como dois pássaros na sombra, recolhidos
ao mesmo ninho,
como dois caminhos na noite, dois caminhos
que se juntam
num mesmo caminho...
Já não ouso... já não coras...
E o silêncio é tão nosso, e a quietude tamanha
que qualquer palavra bateria estranha
como um viajante, altas horas...
Nada há mais a dizer, depois que as próprias mãos
silenciaram seus carinhos...
Estamos um no outro
como se estivéssemos sózinhos...
(J. G. de Araújo Jorge)
Bjs do Zé Carlos e um lindo domingo......
Nalvinha, as mãos liberam mesmo muita energia. Gostei. Beijos!
ResponderExcluirAchei o Poema lindo. Maravilhoso! 🌹🌹🌹🌹🌹
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