Os festejos carnavalescos foram trazidos pelos
portugueses com o nome de entrudo. Era uma brincadeira violenta, onde os
foliões lançavam farinha, tinturas e até água suja. Foi proibida oficialmente e
aos poucos as batalhas passaram a usar confete e serpentina.
No século XIX, surgem o frevo e o passo, dando ao
carnaval de Pernambuco uma identidade única no Brasil. A partir de então,
operários urbanos organizaram as primeiras agremiações nos bairros populares.
No início, muitas corporações mantiveram identidade
profissional: os caiadores desfilavam juntos, assim como os lenhadores. Mas,
com o tempo, foram sendo criados clubes mais abertos, com nomes engraçados:
Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente, Toureiros de Santo Antonio.
Ao lado dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos,
das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências
européias, africanas e indígenas, transformaram o carnaval de Pernambuco no maior
caldeirão cultural do Brasil.
A palavra carnaval deriva do latim carnem levare
(abstenção da carne) – pois a festa sempre foi comemorada no período que
antecede a quaresma, quando se praticava a abstinência da carne. Como diversão
popular, o carnaval assume as peculiaridades dos lugares onde ocorre. Todos os
carnavais são reminiscências das festas dionisíacas da Grécia Antiga, das
bacanais de Roma e dos bailes de máscara do Renascimento.
Se você quer saber mais sobre o Carnaval de Pernambuco, visite a Casa do Carnaval. Ela fica no Pátio de São Pedro, casa 52, bairro de São José, e possui um belo acervo de máscaras, estandartes, roupas de antigas agremiações, além de documentos e mais de mil partituras carnavalescas. Os telefones são: 0055 – 081 – 3424.4942 e 0055 – 081 – 3424.1561.
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