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domingo, 23 de maio de 2010

HISTÓRIA - VEJA O VÍDEO.






Extinção dos grandes herbívoros teria esfriado o planeta.
















O rápido declive dos mamutes e de outros herbívoros, que ocorreu com a chegada dos agrupamentos humanos ao continente americano, poderia explicar o brutal esfriamento da superfície da Terra há 12.800 anos, revelou neste domingo um grupo de cientistas.

Há 13.400 anos, antes do homem caçar no continente americano, centenas de espécies de herbívoros povoavam a região, produzindo enormes quantidades de metano em seu processo digestivo.

O metano é um gás que provoca o efeito estufa, e segundo o trabalho publicado neste domingo na revista científica Nature Geoscience, o surgimento do período glacial há 12.700 anos, conhecido como Dryas, pode estar relacionado com a brusca redução destas emissões. A temperatura média caiu 7 graus centígrados na ocasião.

A extinção dos grandes herbívoros "teve profundos efeitos sobre as emissões de metano na atmosfera", o que pode ter provocado uma "mudança repentina do clima", segundo Felissa Smith, da Universidade do Novo México, em Albuquerque.

"Pensamos que a perda da megafauna pode explicar entre 12,5% e 100% da redução do metano observado", destacam os pesquisadores, que apontam a extinção dos grandes herbívoros como o "primeiro evento catastrófico atribuído à atividade humana".

Se isto for verdade, o Antropoceno - época em que o homem teve influência maior sobre o clima - não começou com a revolução industrial, há dois séculos, mas com a chegada em massa dos predadores bípedes à América, há 13.400 anos.

Os pesquisadores defendem então recuar a data do início do Antropoceno em 13 mil anos.

Antes da intervenção do homem, os herbívoros pré-históricos americanos emitiam entre 2,3 e 25 milhões de toneladas de metano na atmosfera por ano, segundo estimativas baseadas nas emissões dos rumiantes atuais.

Os pesquisadores observaram uma queda repentina da concentração de metano na atmosfera de 180 ppbv (partes por bilhões por volume) na mesma época da extinção dos grandes herbívoros na América, no período glacial de Dryas.

Cada redução de 20 ppbv na concentração de metano corresponderia a uma queda de 1 grau na temperatura, segundo dados climáticos.


O VÔO DE ÍCARO




Segundo a mitologia grega, um tal de Dédalo teve uns probleminhas com o rei Minos e foi exilado na ilha de Creta juntamente com seu filho Ícaro. Foi então que Dédalo, artesão habilidoso, confeccionou dois pares de asas feitas de cera e penas de gaivota para que ele e Ícaro pudessem fugir da ilha voando.
Antes da fuga, Dédalo avisou Ícaro que ele não deveria voar nem muito perto do Sol, pois a cera poderia derreter, nem muito perto do mar, pois a umidade poderia tornar as asas pesadas demais. Subiram ao cume de uma montanha e de lá partiram.
Durante o vôo, Ícaro foi arrebatado por uma sensação de liberdade imensa seguida por um ímpeto de querer voar cada vez mais alto, cada vez mais próximo ao Sol, num vôo cada vez mais sublime. Nem se deu conta de que as asas dele começaram a derreter e, de repente, caiu vertiginosamente para a morte.

Algumas Considerações:

"Ícaro, no orgulho da afoiteza juvenil, naturalmente foi vitimado pelo excesso. Pois é por excesso que em geral os jovens pecam, como pecam os velhos por carência. E se tivesse que perecer de qualquer maneira, temos de admitir que de dois caminhos igualmente maus e nocivos ele escolheu o melhor – pois os pecados da carência são com justiça reputados piores que os pecados do excesso: estes têm algo de magnânimo, algo do vôo de um pássaro, associado ao céu, enquanto aqueles se arrastam pelo chão como répteis." (Francis Bacon, A sabedoria dos antigos, Ed. Unesp, p. 87)

É muito conhecida a máxima aristotélica segundo a qual "a virtude está no meio". Até já comentei algo a respeito aqui. E, de fato, essa zona de eqüilíbrio entre o excesso e a escassez parece mesmo um lugar bastante seguro para quem busca uma vida serena e moralmente adequada.

Mas o problema é que nem sempre conseguimos esse eqüilíbrio desejado, até porque, às vezes, esse eqüilíbrio pode se tornar um fardo muito pesado de carregar, principalmente para os mais jovens. De vez em quando o excesso se mostra mais atraente, mais pulsante, e, como a privação das coisas pode significar uma vida minguante e apática, se tiver que haver um "tropeço" na caminhada do eqüilíbrio, o excesso me parece realmente a melhor escolha. Em linguagem popular, "melhor se arrepender de ter feito algo do que se arrepender de não ter feito".

Ícaro desobedeceu seu pai, voou alto demais e caiu para a morte. Deu-se mal. Mas deve ter sido um vôo e tanto. E ninguém jamais saberá o que ele sentiu, apenas ele.


Por Raul Nepomuceno Marc - do Blog ojardim.net.

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Flávio José - A natureza das coisas.

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